Estimadas(os) Colegas,
Há sinais que, cada vez mais, nenhum de nós, pode negligenciar.
“ESTOU FARTA(O)!“
“JÁ NÃO POSSO MAIS!“
“ATINJI O MEU LIMITE!“
são desabafos diários, de colegas, que ecoam, com estrondo, em cada serviço do IRN, IP.
Se tens estes desabafos e sentes que já não aguentas mais, podes estar a sofrer de Burnout. Podes precisar de ajuda! E o STRN PODE PRESTAR-TE AJUDA.
O termo burnout, representa algo que deixou de funcionar por exaustão de energia. Pode-se dizer que o termo representa uma síndrome com características associadas que refletem uma exposição a um stress laboral crónico, perante o qual o(a) trabalhador(a) sente que não tem estratégias adaptativas para lidar.
Apesar de poder ser desencadeada em qualquer tipo de atividade profissional, verifica-se uma maior predisposição para esta síndrome em profissionais de ajuda ou que impliquem o contato diário, com pessoas, a quem prestem determinado serviço como é o caso dos nossos serviços, dada a elevada responsabilidade e exigência profissional e o maior envolvimento emocional.
A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.
A pressão, ansiedade e nervosismo resultam em uma depressão profunda, que precisa de acompanhamento médico constante. A tendência é que a síndrome de burnout se torne cada vez mais comum, e o seu diagnóstico é realizado por meio de uma consulta médica com um psicólogo ou um psiquiatra.
É, neste sentido, que a Medicina do Trabalho pode ter um papel fundamental se for acionado a tempo e com celeridade e à qual todos temos direito e que, como todos sabemos, é negligenciado pelo IRN,IP.
É importante entender que a síndrome de burnout é um distúrbio emocional, que envolve primariamente a saúde mental, mas que, a longo prazo, pode trazer até mesmo sintomas físicos ao trabalhador(a), com consequências graves se não for diagnosticado e tratado atempadamente.
EVOLUÇÃO DO BURNOUT – ETAPAS DE EVOLUÇÃO:
Exaustão emocional – Sensação de sobrecarga e desgaste, de exaustão física e emocional. Perceção de falta de energia para levar a cabo as atividades profissionais (e pessoais). O trabalho torna-se algo penoso e doloroso.
Despersonalização/desumanização – Assumir de uma atitude mais distanciada na prestação de cuidados. Contactos mais impessoais e sem afetividade e pouco empáticos e humanizados com o outro. Barreiras cognitivas e emocionais em relação ao trabalho, àqueles a quem se presta serviços, aos colegas, aos superiores e à instituição.
Baixa realização profissional – Sensação de descontentamento e desmotivação com o trabalho, que conduzem à perceção de perda de sentido e interesse e consequente sensação de que o trabalho se tornou “um fardo”. Como resultado, o investimento é cada vez menor, a sensação de realização profissional também e a eficácia fica muitas vezes comprometida.
PRINCIPAIS SINAIS DE STRESS CRÓNICO:
Problemas físicos: problemas gastrointestinais, taquicardia, sensação de falta de ar, tonturas, sudorese, tensão arterial elevada, problemas cardiovasculares, enxaquecas, fadiga profunda e crónica, dores e tensão muscular, alterações do sono (sobretudo insónia) e do apetite, fragilização da resposta imunitária.
Problemas emocionais: tristeza, apatia, anedonia, alienação, frustração, raiva/ revolta, tédio, desesperança, perda do orgulho e do sentimento de pertença, sensação de injustiça e falta de recompensa, irritabilidade, ansiedade, depressão, baixa autoestima, despersonalização.
Problemas cognitivos: problemas de concentração e atenção, queixas mnésicas, confusão, maior lentidão na realização de tarefas, menor criatividade, pensamentos persistentes acerca do trabalho (ruminações).
Problemas comportamentais: comunicação impessoal, atitude crítica, evitamento, impulsividade, reatividade, agressividade, abuso ou aumento do consumo de substâncias (tabaco, álcool, drogas, medicação), automedicação.
Problemas sociais: isolamento, relações distanciadas ou com menor envolvimento e empatia, maior sarcasmo ou cinismo nas relações, problemas de relacionamento familiar ou menor convívio com amigos.
Problemas existenciais: conflitos de valores e crenças, necessidade de redefinir a vida e as prioridades pessoais, raiva e revolta dirigidas à vida, alteração da visão que se tinha do ser humano.
Problemas laborais: atrasos, absentismo, baixas médicas, turnover, maior número de erros no trabalho, menor tempo na prestação de serviços e menos cuidada, baixa realização profissional, vontade de desistir do trabalho, menor produtividade e eficácia profissional.
COMO PREVENIR A SÍNDROME DE BURNOUT?
O melhor tratamento da síndrome de burnout é evitar que ela chegue a acontecer.
Como tal, a prevenção do burnout deve ser levada muito a sério.
Algumas recomendações:
– Faça momentos de pausa no seu dia a dia e lembre-se de reservar espaço para o lazer e para o descanso;
– Tente incluir atividades físicas no dia a dia, ainda que muito ligeiras, como uma caminhada de 30-60 minutos, como forma de manter o equilíbrio mental;
– Evite o consumo de álcool e estimulantes para aliviar os sintomas de burnout ou para aguentar as pressões do dia a dia;
– Ouça os conselhos dos seus colegas e familiares. Muitas vezes, pessoas com síndrome de burnout não percebem que estão a exagerar e que estão doentes;
– Procure ajuda profissional mesmo se achar que os seus sintomas não são tão graves. O médico poderá orientá-la(o) para que o quadro não evolua até um cenário de burnout crónico, em que será preciso ainda mais cuidado e tratamento para recuperação.
SE TE IDENTIFICAS COM ESTES SINAIS PODES ESTAR A PRECISAR DE AJUDA. NÃO TE ISOLES!
CONTACTA-NOS PARA O E-MAIL strn@strn.pt PARA QUE TE POSSAMOS AJUDAR. PEDIR AJUDA NÃO É UMA VERGONHA!
Com os melhores cumprimentos,
A DIREÇÃO NACIONAL